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Papa Francisco e o Aborto

As recentes declarações do Papa condenando o aborto decepcionaram aqueles que viam em Francisco o vento das reformas radiciais na Igreja.

Na minha opinião, o assunto é bem claro. Basta responder à pergunta: quando começa a vida?

A resposta também é clara: na fecundação, pois “se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele” (Jérôme Lejeune).

O resto – direito da mulher ao corpo, questão de saúde pública, má formação, superpopulação etc. – é  papo furado, manipulação. Não deixe de ler o post Aborto e Manipulação Psicológica.

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Pobres Gordos

Segundo estudo recente, a quantidade de obesos (denominação politicamente correta para gordo) cresceu assustadoramente nos países em desenvolvimento (denominação politicamente correta para país pobre) de 1980 para cá.

Ué?! Não ia todo mundo morrer de fome? A comida não ia acabar? Não era esse o discurso dos alarmistas anti-natalidade? Este fato derruba mais um argumento dos superpopulacionistas.

A verdade, porém, é que o tema vai muito além do que uma simples argumentação, porque não se deve argumentar com esta turma. Quando se fala em superpopulação, a pergunta implícita em todos os argumentos é “Quantas pessoas cabem no mundo?”

Esta pergunta não pode ser aceita, porque esconde uma armadilha. Quando você a aceita, implicitamente está aceitando a idéia de que alguém sabe a resposta e, portanto, alguém pode controlar a natalidade. E, implicitamente, você está aceitando também a autoridade deste alguém – normalmente, o governo. Esta perversa estratégia foi friamente forjada por cientistas sociais e muita gente, de boa fé, cai na cilada.

Não caia na arapuca. Em vez disso, denuncie a técnica de manipulação psicológica subjacente e jamais – jamais! – argumente. Falta de comida, falta de água, falta de energia, falta de espaço, a terra não vai aguentar o peso, vai sair de órbita, vai cair no chão, vai trombar com a lua, tudo mentira, conversa pra boi dormir, o que o seu interlocutor quer é que você aceite a pergunta, entre no debate, e, assim, sem perceber, já terá perdido a batalha, mesmo se vencer a discussão.

Só quem tem a resposta para esta pergunta é o casal, são os pais, os responsáveis por trazer ao mundo novas vidas e sustentá-las. Não é da conta de mais ninguém – estado, governo, religião, ciência, ninguém! Afinal de contas, quem vai prover o sustento do filho é o casal, e não a mãe-terra, nem o pai-estado, muito menos Deus vai fazer o trabalho dos outros.

E, como dizem sabiamente os americanos, quem não pode comprar as fraldas não deve se casar.

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Xeretas

Outro dia, passando pela Praça do Patriarca, ouvi um pastor dizer em altos brados:

– Todo mundo gosta de enganar, mas ninguém gosta de ser enganado!

Não deixa de ser uma visão peculiar da Regra de Ouro: “Tudo aquilo que quereis que os outros vos façam a vós, fazei-o também vós a eles” (Mt 7, 12).

Lembrei-me deste episódio ao ler a notícia sobre o relatório da Apple com pedidos de informações sobre usuários feitos pelos governos ao redor do mundo, dentre eles o Brasil (o único entre os governos latino-americanos).

Ué?!

Os vestais governantes brasileiros outro dia não chiaram quando os EUA os espionou? Do que reclamam se eles mesmos ficam xeretando na vida da gente? Não gostam de ser espionados, mas gostam de espionar. Já não basta a Abin, a Polícia Federal, o Fisco, todos os outros poderosos meios de investigação à sua disposição, ainda ficam fuçando na internet? Logo logo vão querer controlar as nossas andanças por meio do bilhete único, chip no automóvel, gps do celular – será a sociedade dual: governantes e governados, senhores e escravos.

Alguém pode objetar: quem não deve não teme, não tenho nada a esconder.

Respondo: você não sabe com quem está lidando, os poderosos precisam ser controlados, não podem ter muito poder porque amanhã ou depois podemos cair nas mãos de um déspota assassino que vai perseguir você até no inferno.

Aliás, para alguns membros do socialismo fabiano da Nova Ordem Mundial – organização que quer implantar uma ditadura global – 7 bilhões de pessoas é muita gente na terra. Dois ou três bilhões já estaria de bom tamanho. O resto pode morrer de fome, em guerras, conflitos, drogas, eutanásia ou, de preferência, é melhor nem nascer – este é um dos motivos pelos quais são abortistas fanáticos.

Não podemos esquecer o ensinamento do Pastor:

– Sabeis que os soberanos das nações as tratam como senhores, e os grandes lhes fazem sentir o seu poder. (Mt 20, 25)

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Controle Populacional, Controle Mental

Glórias de Maria é o título do mais famoso livro de Santo Afonso Maria de Ligório, cuja festa é comemorada hoje. O autor foi bispo, escritor, teólogo, filósofo, fundador dos Redentoristas, doutor da Igreja – só para resumir. A obra é um clássico da espiritualidade, escrito em parte para defender a devoção mariana, sob ataque na época – século XVIII – e composto por orações e devoções marianas, repleto de exemplos históricos da intervenção de Nossa Mãe.

Chama a atenção na vida deste santo o fato de pertencer a uma família numerosa. Os grandes benfeitores da humanidade sempre tiveram muitos irmãos, observa Jacques Leclerq em seu livro A Família.

A família com muitos filhos hoje é atacada. É politicamente incorreta. Não vou me ater aos falsos argumentos embutidos nas mentes distraídas por meio da mídia de massa, escolas e indústria cultural. São pessoas adestradas por engenheiros sociais, cuja arrogância só perde para a ignorância. Vou ao núcleo do problema.

Tudo começou na década de 1950, quando os malucos da Nova Ordem Mundial, ávidos por implantar uma ditadura internacional, resolveram diminuir a população do mundo – talvez porque seja mais fácil controlar menos gente – e investiram pesadamente no controle populacional. São eles os financiadores dos engenheiros sociais.

A Igreja, por seu lado, repete o ensinamento de sempre: a responsabilidade pela decisão quanto ao número de filhos é do casal, de ninguém mais – nem de ditadores, nem de governos. Evidentemente, sob critérios cristãos.

Em primeiro lugar, os filhos são uma benção. Se o amor é fértil, os frutos do amor conjugal são os filhos. Quando a mulher ama de verdade, pensa “Gostaria de ter um filho deste homem”.

Em segundo lugar, a pobreza, entendida como despreendimento dos bens materiais, é um exemplo deixado pelo próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. No Brasil, infelizmente, o dinheiro passou a ser o critério número um, o norte dos relacionamentos. Francis Ford Copola, em recente passagem pelo país, observou “Alegria used to be the most important thing in Brazil; now, the most important thing is money”. Isto mesmo, falou “Alegria”, em português. O casal deve escolher entre juntar dinheiro e ter filhos. Realmente, é uma equação difícil de resolver.

Em terceiro lugar, os melhores educadores são os irmãos. Um cuida do outro, um ensina o outro, um faz companhia para o outro. Que infelicidade ser filho único!

Por fim, vale a pena lembrar o pensamento de Santo Agostinho: o matrimônio tem a dupla finalidade de dar livre curso ao amor conjugal e perpetuar a espécie. Este é um argumento clássico, e é contra ele que investe a Nova Ordem Mundial, pois sabe que a família numerosa é a base da civilização cristã, alvo de sua sanha destruidora.

Está em suas mãos decidir: Igreja ou Nova Ordem Mundial, liberdade ou ditadura, filhos ou dinheiro.

Peça ajuda a Maria, Mãe e Esposa.

A pergunta que não pode ser feita

A personalidade da semana foi, sem dúvida, o Papa Francisco. A presença de um Papa – por sua importância, simbolismo, peso histórico, liderança e tudo o mais – é, por si, algo extraordinário. Além de tudo isso, Francisco, com a sua simpatia, simplicidade, bom humor e presença de espírito, é um Papa amigo, a quem as mães entregam com confiança os seus bebês e a quem os fiéis querem abraçar. Devemos a sua agradável presença à Jornada Mundial da Juventude, evento concebido para animar as tenras vocações cristãs.

É bom que assim seja, enquanto ainda há jovens. O avanço das políticas de controle de natalidade em todo o mundo está reduzindo populações inteiras, a ponto de culturas européias estarem desaparecendo simplesmente por falta de gente. O mito da superpopulação – teoria propagada pela Nova Ordem Mundial a partir dos anos 1950 – tem enganado muita gente.

Para quem não sabe, a Nova Ordem Mundial, ou Clube Bilderberg, são algumas centenas de bilionários desejosos de implantar um governo mundial, ou melhor dizendo, uma ditadura mundial. Para isto, precisam destruir o Ocidente (leia-se cristianismo) e têm usado diversas armas. A mentira da superpopulação é uma delas, na qual muita gente bem intencionada tem caído por pura ignorância.

A pergunta embutida por trás da superpopulação é “Quantas pessoas cabem no mundo?” Esta é a pergunta que não pode ser feita porque esconde uma armadilha. Trata-se de uma técnica de manipulação psicológica: consiste em fazer com que você aceite uma discussão inaceitável. Se você aceitar a discussão, já terá perdido o debate, seja quais forem os seus argumentos.

Vou dar um exemplo: se alguém quiser discutir com você a honestidade – com o perdão da palavra – da sua mãe, você vai aceitar? Evidentemente não, pois alguns assuntos não são passíveis de discussão.

A pergunta “Quantas pessoas cabem no mundo” pressupõe que alguém sabe a resposta e, portanto, algum órgão tem a capacidade de controlar o crescimento da população. Necessariamente, o governo – e um governo mundial. Tentar responder a esta pergunta é dar a vitória aos globalistas. Em vez disso, denuncie a perversa técnica psicológica embutida.

Na verdade, não interessa a resposta, pois ninguém tem a capacidade – muito menos o direito – de mandar na vida dos outros. Vale aqui, mais uma vez, o Magistério da Igreja: o número de filhos é responsabilidade única e exclusiva do casal. Não é do padre, nem da Igreja, nem do governo, nem de ninguém. É do casal! Só eles sabem quantos filhos podem sustentar. O resto é papo-furado, lenga-lenga pega-trouxa. Não caia nesta armadilha. Não argumente com cientistas sociais desejosos de destruir a sua mente. Não se deixe manipular por estratégias de controle psicológico.

Mais uma vez, a Santa Madre Igreja é a nossa única esperança. Neste tempo propício, rezemos a Maria pela Igreja, rezemos pelo Papa e rezemos pela juventude.