O Mínimo Que Você Precisa

O mais recente livro de Olavo de Carvalho chama-se O Mínimo Que Você Precisa Saber Para Nâo Ser Um Idiota. Foi organizado por Felipe de Moura Brasil.

Leonildo Trombela Júnior, falando do livro e do autor no artigo “O Mínimo Que Você Precisa É Ser Incomodado” publicado no Mídia Sem Máscara, lembrou-me o conto taoísta descrito por Salinger no livro Carpinteiros Levantem Bem Alto a Cumeeira.

O duque Mu disse a Po Lo: “Você está bem entrado em anos. Conhece alguém capaz de substituí-lo na tarefa de procurar cavalos para mim?” Po Lo respondeu: “Tenho um amigo chamado Chiu-Fang Kao, que não fica nada a me dever em matéria de cavalos.” O duque Mu o contratou, enviando-o logo depois em busca de um cavalo. Passados três meses, ele voltou anunciando que o encontrara. “Que tipo de cavalo é ele?”, perguntou o duque. “Ah, é uma égua baia”. Porém, quando alguém foi buscar o animal, viu que era um garanhão negro!

Contrariado, o duque mandou chamar Po Lo. “Esse seu amigo não sabe nem distinguir a cor ou o sexo de um animal! O que ele pode entender de cavalos?”

Po Lo perguntou animado: “Será mesmo que ele chegou a tal ponto? Ah, então ele é dez mil vezes melhor do que eu. O que o Kao tem em mira são os elementos espirituais. Certificando-se do essencial, esquece os detalhes comezinhos; concentrando- se nas qualidades internas, perde de vista os sinais exteriores. Ele vê o que quer ver, e não o que não quer ver. Vê o que precisa ver e esquece o que não precisa ver.”

Quando o cavalo chegou, provou ser extraordinário.

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Os detratores de Olavo de Carvalho – que o elogiam com lindos epítetos como burro, boca suja, mal educado, reacionário, tapado, extremista etc. – se apegam a detalhes comezinhos e sinais exteriores, e deixam de lado o essencial e o espiritual.

Não percebem que o eminente professor “vê o que quer ver, e não o que não quer ver; vê o que precisa ver e esquece o que não precisa ver”.